quarta-feira, fevereiro 28, 2007

A SIMPLICIDADE NO CULTO A DEUS

Hoje quero falar sobre a simplicidade no culto a Deus. Se olharmos a vida de Jesus e dos discípulos, vamos descobrir o princípio da simplicidade na vida da igreja primitiva.

Da mesma maneira que a sociedade moderna tem instalado a ansiedade na vida da igreja, também tem tirado a simplicidade do culto a Deus. Onde quer que um vá sente a sensação de que precisa uma estrutura para dar culto a Deus. Certa vez um irmão veio e me disse: "Asaph, a adoração em nossa igreja não é boa porque não temos um piano, nem pianista, de modo que a adoração não é adequada". Este foi o termo que ele utilizou. Outros dizem: "não flui porque não temos equipamento de som", ou "precisamos este ou aquele aparelho para que a adoração flua".

Eu vejo que isto acontece porque a.igreja não conhece o que é o verdadeiro culto a Deus. Neste século temos perdido como igreja a capacidade de compreender que o culto a Deus é simples. Que foi exercido por Jesus e os apóstolos de uma forma profunda e simples, sem piano, sem violão, sem microfone.

Na história da igreja vamos encontrar este princípio como base de benção, e do fluir do Espírito no culto a Deus. Eu fui um dos que, no princípio do ministério, não podia entender o fluir no Espírito sem música, sem violão, sem estruturas; mas o Senhor tem me ensinado que o lugar da habitação de Deus e o verdadeiro culto a Deus é nosso coração, e que tudo o que fazemos na igreja e no culto a Deus tem que ter base em nossa vida.

Se estivermos esperando o fluir do Espírito por coisas externas nunca vamos chegar ao que quer o Senhor. Nunca vamos chegar as profundezas do conhecimento de Deus, a profundidade da presença verdadeira, genuína de Deus na vida da igreja, porque sempre estaremos dependendo de algo externo.

Eu me lembro de uma vez que estava em Brasília, pois me haviam convidado para dirigir o louvor em um grande estádio. Haviam usado muito dinheiro na estrutura do encontro, com som de primeira, palestrante de primeira, etc. Havia vindo ônibus de todas as partes e o prédio estava repleto. Tudo estava pronto para começar, e às 6 da tarde o céu se fechou. Brasília é um lugar seco, mas a gente não sabe que ali acontecem os maiores temporais do Brasil. E começo ali mesmo um destes temporais. Às 7h não havia gente, às 7h30min chovia e a água entrava por todos os lados do estádio, porque não havia lugar onde refugiar-se.

Minha filha Aurora era pequena e eu tive que tirar um plástico do piano para colocar sobre o seu corpo. Chovia, a luz acabou, o palestrante chegou, estava tudo pronto, mas os instrumentos estavam todos molhados, e não havia nada que se pudesse fazer.

Às 8h30min me pus em frente do povo em total escuridão, pedi silêncio e Ihes disse: "irmãos Deus quer ensinar-nos algo hoje", e começamos a louvar ao Senhor somente com as vozes. O tempo foi passando e passando, não havia líder de louvor, não havia nenhum tipo de direção, mas a presença do Espírito Santo foi tão forte, que eu registrei na minha vida aquela reunião como uma das referências da presença de Deus no meio da igreja.

Meu violão estava quieto e molhado, os pianos em silêncio e molhados, tudo parado, sem luz, sem nada, o Senhor me disse: "Asaph, assim quero este meu culto, algo genuíno, verdadeiro, brotando e fluindo da vida de cada irmão, com toda força de seu coração, não motivado por coisas externas, sim fluindo do interior.”

Quando a igreja do Senhor se reúne temos que ter o foco correto do culto a Deus. Primeiramente temos que levar em conta que o culto a Deus é individual, e logo se transforma em algo corporativo, mas primeiramente é individual. Não gosto da expressão "este culto não foi bom", ou "este culto não fluiu", ou "que culto mal", não gosto disso porque demonstra que meu culto a Deus é assim.

Aos que fazem este tipo de comentário tenho ensinado que o culto a Deus é algo que brota do seu coração, e que o fato de que o culto dele tenha sido ruim, porque seu coração deu um culto ruim. Quando estas coisas acontecem é muito fácil para nós, adotar uma postura tradicional e depender da maneira em que sempre se fizeram as coisas para faze-Ias hoje.

Mesmo na renovação precisamos constantemente renovação na expressão do culto a Deus. Quando nos reunimos, que fazemos para dar culto a Deus? É fácil nos acostumarmos as tradições do culto.

Por exemplo: sempre se começa o culto cantando, é assim, porque na última reunião foi assim, e um mês atrás também foi assim, e há dois anos atrás também. Quem é responsável? Asaph, Hugo Baravalle. Sempre os primeiros quarenta e cinco minutos da reunião são de nossa total responsabilidade, por que? Porque fazemos isto há mais de vinte anos, mas o culto a Deus tem que ser mais que isto.

Creio irmãos, que a grande revolução da igreja hoje tem a ver com o culto a Deus. Deus quer restaurar o culto da igreja com um entendimento claro de que o culto a Deus é responsabilidade de cada um de nós. Por isso não há nenhuma fórmula apostólica de como deve ser a reunião da igreja. Graças a Deus! Imaginem se houvesse uma ordem de culto na Bíblia, mas pela graça de Deus não foi deixado uma ordem de culto por escrito. Os católicos fizeram, 1.400 anos atrás, o cânone que foi trocado um pouquinho, mas basicamente é o mesmo. Mas Deus quer que nós, a igreja em restauração, não cometamos o mesmo erro de nos deter-mos em uma ordem rígida de culto. Deus quer trocar nosso culto, nossas reuniões, começando pelo culto individual da cada um de nós.

Porque quando a igreja está cheia não há nenhuma dificuldade, não necessitamos ter temor de que algo não funcione, porque cada um tem salmos, hinos e cânticos espirituais. Isto mostra uma dinâmica simplicidade na vida da igreja que nós temos que aprender. É uma dinâmica que não depende de uma pessoa que tem a carga ou a responsabilidade, senão que está em total dependência do Espírito Santo.

Quando nos reunimos, cada um de nós tem a responsabilidade do culto a Deus, não pensemos "fulano vai presidir e não tenho nada para dar, eu vou receber". Muita gente está acostumada a

vir à reunião por anos, por décadas, sentar-se em uma cadeira sem compartilhar nunca nada com ninguém, sem abençoar ninguém, sem trazer uma palavra do Senhor para alguém, sem cantar jamais um cântico espiritual, sem dar uma palavra profética. A maioria das pessoas na igreja esta nestas condições, e estamos promovendo uma nova casta de ministros. Na restauração da igreja existem novos títulos, como "diretor de louvor".

Eu não sou um diretor de louvor porque o ministério de louvor é de todo o corpo do Senhor. Existe gente que Deus chama para esta tarefa, não vamos tirar os irmãos que estão fazendo este serviço, mas não é um título, é uma função no corpo, o que Deus quer ensinar-nos é que toda a igreja participe do culto a Deus. Primeiramente temos que entender quem se reúne quando nos reunimos.

O Senhor Jesus disse em Mateus 18: 20 "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles' Quando o corpo de Deus está reunido, ali está o Senhor”.

Os que ministram tem que ter este entendimento, não necessitamos de grandes multidões para aprender a valorizar uma reunião. Temos que aprender que o valor da igreja do Senhor é o mesmo independente do número de pessoas que estão reunidas. Soube de alguns que somente vão ministrar quando existe um número de pessoas superior à 200/300. Temos que tirar isto do meio da igreja e aprender a valorizar.

Se você tem em sua congregação vinte pessoas, saiba que esta é a igreja do Senhor. Se você foi chamado pelo Senhor para ministrar em seu grupo caseiro, seja você mesmo, não importa se tem outra responsabilidade com toda a igreja, mas aprenda a valorizar o corpo de Cristo.

Para que se reúne a igreja?

Primeiramente para adorar ao Senhor, sempre temos que ter em nossa mente que uma das principais diretrizes para estar-mos reunidos, é a adoração. E há muitas formas de adoração. Temos que desenvolvermos como igreja na adoração, em cânticos, palavras, salmos e hinos espirituais. Estas são as bases da vida de adoração da igreja às que sempre temos que voltar, porque a sofisticação nos afasta da simplicidade da vida de adoração.

Para que nos reunimos? Para adorar ao Senhor. Adorar significa prostrar-se na presença do Senhor, estar diante d'Ele com nossas vidas rendidas, entregues completamente. Reunimos-nos para adorar, nos reunimos para expressar a múltipla sabedoria de Deus através do corpo, para fluir nos dons do Espírito.

Eu creio que a igreja do Senhor tem que ser rica nos dons, na música, na profecia, no cantar ao Senhor, bendizer seu nome, estar sempre prontos para abrir nossas vozes na presença do Senhor para manifestar sua glória, seu poder.

Devemos tirar de nossas vidas toda comodidade e dizer ao Senhor: "Ei-me aqui, estou disponível para ser usado por ti, em toda plenitude de teu Espírito”. Cada um compartilhando o que tem. É muito fácil vir a dar culto ao Senhor para ouvir a alguém, mas é mais difícil ouvir nós mesmos a Deus. Por isso na reunião há muita gente sentada, parada, que não participa de nada, não fala, não canta, não compartilha: porque não ouve a Deus. Muitas vezes a culpa é nossa, dos pastores, da liderança, porque não damos oportunidade nem tão pouco uma direção ensinando a igreja a ouvir a Deus.

Para compartilhar temos que ouvir ao Senhor, Se você quer ter uma benção para o Senhor em suas mãos, tem que aprender a ouvir o Senhor, para isto tem que ter tempo na presença de Deus. Tens que ficar sozinho com o Senhor, tens que valorizar teus momentos de comunhão para que

Ele possa falar ao teu coração, a teus ouvidos, a teu espírito. Ouve a voz de Deus em teu coração, não somente o que os outros tem a dizer, e sim o que o Senhor quer comunicar ao teu coração, assim poderás compartilhar.

Nos reunimos para proclamar a palavra de Deus, e nos reunimos para ter comunhão uns com os outros, mas sempre como corpo de Cristo

Como deve reunir-se a igreja?

Primeiramente com reverencia ao Senhor, eu não quero dizer que seja um desses lugares em que está escrito: "silêncio, esta é a casa de Deus", mas o culto a Deus tem que ser reverente. Reverencia não é medo, não é silêncio, reverencia é uma atitude de temor com base no amor ao Senhor. Reverencia ao Senhor é saber que Ele é Deus e está em nossos corações, pelo que nosso culto não deve parar nunca.

De modo que quando nos reunimos deve haver reverencia, mas como é uma reunião do corpo de Cristo também deve haver alegria, como fruto da gratidão em nosso coração. É o único lugar neste mundo onde esta a verdadeira alegria.

Eu me lembro quando o Senhor me chamou para ministrar em tempo integral, eu era engenheiro de som em uma grande companhia de televisão em Porto Alegre. Era o supervisor geral do som, técnico de sistemas e fazia som para o show da Xuxa, que vinha à Porto Alegre. Neste encontro havia mais de 100.000 crianças, eu estava no centro do estádio, escutando todos aqueles gritos histéricos em torno da Xuxa, eu estava bem perto dela, com o controle remoto de todo o som. Então escutei como se todo o som tivesse parado, que o Espírito me dizia: "Asaph, escuta esta alegria, é toda falsa. Escuta a alegria que esta moça transmite, é falsa, eu quero que tu leves a verdadeira alegria".

Em dois dias eu havia apresentado minha carta de demissão na emissora de televisão, porque eu tinha que levar a verdadeira alegria. E, irmãos, quando a igreja se reúne, têm que ser forte na alegria. A reunião do grupo caseiro tem que ser forte de alegria, todos os eventos da igreja têm que estar plenos de alegria.

Quando nos reunimos com um coração cheio de cânticos, de alegria, de exaltação, de ação de graças, o culto a Deus sai da monotonia, sai totalmente do tradicionalismo, porque quando nos reunimos esta na expressão da gente que ama e agrada a Deus.

Efésios 5: 19 "falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais' Quando estamos juntos, há salmos? há cânticos? ou somente música. Temos que aprender a valorizar aos que não são músicos, aos que cantam com gemidos indecifráveis.

Certa vez em Porto Alegre, gravamos um disco. E o desafio do Senhor em meu coração foi o de gravar um disco ao vivo com tudo o que acontece na reunião. Ensaiamos e ensaiamos.

Eu planejei muitas coisas, mas o Espírito trocou tudo. Começou mudando a data, depois no meio alguns irmãos começaram a entoar cânticos espirituais. Geralmente os cânticos espirituais não são cantados pelos mais afinados, o Senhor me disse para deixar assim em meu disco, e eu tive fé para deixar. Espero que você ouvindo o disco seja abençoado, porque eu fui profundamente edificado, ouvindo o que o Espírito gerou. Foi a primeira vez que fizemos algo ao vivo, se chama "igreja viva".

Deus não escuta como nós ouvimos a voz de alguém afinado ou desafinado, Deus ouve o coração. Deus escuta teu coração, não tenhas nenhum medo de compartilhar o que o Senhor há posto, porque Ele já ouviu. Eu tenho certeza de que quando você liberar o que Deus já está escutando dentro de ti é uma benção para alguém. Aprende a levantar tua voz em adoração ao Senhor, deixa o Espírito Santo tirar as amarras do coração, e da tua boca para aprenderes a cantar.

Certa vez eu fui a uma igreja (nunca vi algo igual) quando começaram os cânticos espirituais, se formou uma fila de gente para cantar em frente ao microfone e o pastor teve que encerrar porque havia muita gente com cântico para entoar.

Às vezes e em Porto Alegre acontece, temos que empurrar alguns para que cantem, temos que chamá-Ios, discipliná-Ios para que aprendam a fluir.

Ministra ao Senhor. Abre tua boca e que saia toda a timidez. Há gente que sempre esta pronta para bendizer ao Senhor, para cantar, para engrandecer seu nome com toda liberdade. Na reunião da igreja tem que haver liberdade, que nos foi dada pelo Espírito, liberdade não quer dizer desordem, liberdade balanceada pela ordem, pela submissão, pelo amor, pela honra uns aos outros. Sempre a liberdade é limitada pelo amor, e principalmente no culto a Deus quando estamos juntos, nunca a liberdade vai ser exagerada porque vai estar limitada pelo amor.

Temos que ter liberdade para ministrar, para sair, ir, compartilhar, abençoar, abraçar, beijar no nome do Senhor aos irmãos, para que o culto a Deus esteja cheio da simplicidade do Espírito em nossas vidas.

Asaph Borba - asaphrosana@terra.com.br

A Responsabilidade dos Pais com os filhos Adolescentes

Sérgio de Avillez


II. A adolescência (dos 13 aos 18 anos)

Na primeira parte falamos da existência de uma fase de transição entre a infância e a adolescência: a pré-adolescência — os Pre-As. Como nesta fase existem características tanto da infância como da adolescência, não abordaremos em tópico separado. No decorrer do presente tema iremos mostrando uma ou outra característica importante.

1. Uma nova etapa para todos
Com efeito a adolescência cria uma nova etapa para todos os componentes de um lar. É uma tremenda novidade para o jovem, um grande susto para os pais, e o inicio de conflitos para os filhos mais novos e mais velhos. Muitas transformações ocorrem no interior do jovem que o leva a um período de sensibilidade emocional, de ridículo, de confusão, etc e tal. É a etapa mais completa e desafiante, frustrante e fascinante do desenvolvimento humano.

A melhor forma de enfrentarmos estas novidade é se esforçando para lembrar o que ocorreu em, nossas vidas, como foi que agimos e reagimos, o gostávamos e o que detestávamos. Diante destas lembranças, coloquemo-nos nas mãos do Senhor e, dependendo d'Ele, imaginemos como deveriamos agir como nossos filhos. Acredito que todos os pais crescerão muito em criatividade e comunhão com o Senhor nestes dias. Isto será ótimo!

Quero lembrar a vocês que, assim como na infância, os pais são os únicos responsáveis pela a educação dos filhos pequenos, na adolescência ainda mais. Não pensem que só porque deixaram de ser uns filhotinhos, que não dependem mais de nós. Isto não é verdade. É essencial todas as atitudes que os pais tomam para que o adolescente venha a definir que padrão que quer seguir na vida. É nesta idade que fazem, em seu foro mais íntimo, a definição de tudo que serão na vida: se independentes e rebeldes, ou se discípulos. E, ainda optarão por darem tudo a Deus ou pela mediocridade.

Pais, EM TUDO somos exemplos para nossos filhos.


Como temos sidos para nossos filhos?

Somos exemplos? Ou precisamos que outros sejam exemplos por nós?

Como está o seu coração para com seu filho?

Você já se converteu a seu filho?

“... para converter os corações dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado” (Lc 1.17).


Os mesmos temas que abordamos sobre a infância, trataremos sobre a adolescência, só que dentro da realidade deles. Quero ressalvar, de novo, que as particularidades cada um, devemos observar e guardar em nossos corações. Aqui trataremos o geral. É importante observarem que todas os comentários anteriores devem ser somados a estas novas informações. Nada é estanque na vida de um ser humano.

2. Necessidade básica: participação
Quando a criança começa a entrar na adolescência, suas necessidades básicas começam a mudar um pouco. Ele continua com todo o desejo de aceitação. Sendo que, agora, soma cada vez mais a necessidade de participação. E isto se mostra de uma forma extremamente forte. Ele quer participar. Ele precisa participar. Ele tem que participar. E, ele deve participar de tudo que for possível.

Esta necessidades será tão forte que influenciará muitas outras características do jovem adolescente.

Gostaria que vocês notassem, que por eles estarem impregnados desta vontade de participarem de tudo, os adolescentes ficaram em volta dos adultos ouvindo o que eles falam sem nem mesmo entenderem o que estão dizendo. Eles têm que participar. Farão perguntas por vezes tolas, ouvirão as respostas atentos, tentarão entender Se forçarão para acompanhar tudo mesmo que nada, ou quase nada entendam, mas ficarão satisfeitos se puderem participar. Isto faz parte da formação da vida destes futuros-adultos.

Acredito que este é o nosso maior susto. Os nossos pequeninos, fofinhos que sempre alegrava toda a casa, agora querem ser adultos. Agora têm opiniões próprias. Agora querem falar e serem ouvidos. E fazem questão disso. Só que paralelo a isso, são crianças muitas horas. Gostam de brincar, se divertir e agirem como crianças.
Como é que nós pais podemos cooperar com nossos filhos jovens a satisfazer suas necessidades?
O que é que vocês pais estão fazendo para suprirem esta tão forte necessidade de seus filhos?
Vejamos algumas sugestões:

A. No lar
Sempre que puder faça com que seu filho participe das atividades, decisões, momentos importantes da casa, do lar. As atividades fará com que ele veja com os adultos estão agindo, observará as acções e reações dos adultos, em especial as dos pais. Isto dará base para as ações e reações dele próprio.

Participando das decisões ajudará a amadurecê-lo, ele poderá aprender muitas coisas da vida que ninguém lembraria de ensinar.

B. Na igreja
Com toda esta força para participar, ele descobrirá grupos com quem se identificar. Nada melhor que a igreja para isso. O grupo de jovens que sai para evangelizar, para papiar, para orar, para cantar, etc... Para os jovens não faz muita diferença a ordem das coisas nem mesmo a prioridade. Querem participar. É importante participar, portanto cabe aos pais abrirem este espaço para eles. Não é só o grupo caseiro, é tudo. Sempre que puderem deixem ir a essas atividades. E, sempre que puderem vocês devem ir também as mesmas atividades. Eles não terão problemas com a presença de seus amigos, os pais.

C. Em diversas coisas
Quando o adolescente está ocupado, não tem tempo para pensar em besteira. O adágio popular é verdadeiro: “Mente vazia, oficina do diabo”. Portanto, fazerem esportes (de todo tipo), estudarem música, fazerem cursinhos diversos (informática, matemática, mecânica, cozinha, congelamento, costura, panificação, etc...) é muito bom para a ânsia de participarem de algo.

Além de estudos, existe a possibilidade de servirem ao próximo em muitas coisas, como pequenos trabalhos, e tarefas que podem ser remunerados, bem como assistência social a necessitados. Tudo é válido para eles desde que desafiados e com o controle das prioridades.

3. Outras necessidades importantes


A. Produzir algo
Os adolescentes sentem grande desejo de produzirem algo. De verem realizar algo. Lógico que dificilmente pensaram nas escola, visto que os resultados só no futuro. Produzir algo deles, para eles ou para os outros, isto não é o mais importante, mas têm que produzir algo. Cabe a nós pais ajudarmos a eles nesta empreitada, abrindo espaço, sugerindo coisas, socorrendo em suas idéias.
Os cursinho, de curta duração, darão uma possibilidade de verem seus objetivos alcançados.

B. Fidelidade
Não tem nada mais forte para eles que a fidelidade. Sofrem quando se sentem traídos por alguém, e muito mais se forem seus pais, seus amigos. Quando lhe contarem algo íntimo, do seu coração, devemos guardar segredo. Não devemos sair espalhando, como se fossemos bobos alegres. Eles são nossos filhos, e devemos respeito a eles.

Por favor, papais e mamães, não precisam sair contando o amadurecimento sexual de seus filhos (pelinhos aqui, menstruação ali). Isto pertence a intimidade do lar, dos filhos e dos pais. Não pertence a boca do povo. Todos sabem que a qualquer tempo a menina começará as suas regras (para ela é algo importante, para ela).

Podem ter absoluta certeza que eles irão checar se vocês estão sendo ou não fieis. Quanto mais fieis forem aos seus filhos mais eles serão seus amigos e contaram tudo para vocês. Eles precisam confiar em vocês, eles querem confiar em seus pais, que podem ser seus amigos também. E amigos para toda a vida.

4. O medo
Existe um grande medo em praticamente todos os adolescentes: o medo de errar, de passar vergonha. Isto é tão forte que por vezes nem entre si mesmos têm coragem de começar uma nova amizade. Lógico que isto não se refere a todos, mas a maioria. Eles são tímidos. E essa timidez parte vem do seu desenvolvimento hormonal. Ora estão bem ora estão mal. Um dia acordam felizes noutro irritados e tristes. E raramente entendem o porquê.

Isto gera uma grande insegurança neles. Não querem errar pois desejam ser aceitos. Não querem errar pois querem participar de tudo. A grande competição dos dias atuais gera também medo de errarem e não serem achados “espertos”, inteligentes ou até mesmo “vivos”.

Como devemos agir diante deste medo? De uma forma simples. Toda vez que ele errar algo, não ridicularizá-lo. Toda vez que sua voz do rapaz falhar não chamá-lo de menininha. Se ele gozar consigo mesmo ele o fez, não nós. O respeito pelo jovem, a aceitação plena e a participação vão criando nele confiança em si mesmo. Vai estimulando a sua auto-estima.


5. O que deve ser tratado: a alma
Uma vez que o espírito de jovem já foi quebrantado, agora chega a hora de sua alma. É um grande desafio para ele. Viver no mundo de hoje onde a sexualidade é tão gritante e apelante, não será fácil para o adolescente cristão, discípulo. Mas, com absoluta convicção, se o jovem adolescente entender a santidade, ele entrará fase adulta com maior facilidade de domínio próprio.

Temos que mostrar e deixar bem claro que o Senhor nos chamou para a santidade. Tudo que o mundo apresenta não vem de Deus: “Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (1Jo 15-17).

Novamente aqui temos que ser o espelho para nossos filhos. Temos que ser coerente o que falamos com o que vivemos. Como podemos cobrar santidade se colocamos imundície diante de nossos olhos? Como falaremos de algo que permitimos para nós? Eles não podem ver algo na televisão ou cinema por que tem cenas forte. Mas nós podemos, afinal de contas já somos casados. E o adultério? E a fornicação? E a maldade? Quero voltar ao texto já lido: Sl 101. 3

“Não porei cousa injusta diante dos meus olhos; aborreço o proceder daqueles que se desviam...”

Clamo aos pais pela coerência! Clamo aos pais pelos seus filhos! Desafiem a si mesmos e aos seus filhos. Busquem a real santidade no Senhor.

6. O que devemos ministrar
Diante do que falamos acima só nos resta ministrar sobre a cruz. Existe maior desafio que este? Viver a plenitude o Evangelho do Reino. Os adolescentes têm que entender que o lugar nosso é na cruz, e que um morto não têm direitos. Bem, o discípulo crucificado só tem um direito: o de abrir mão de seus direitos. Isto é algo que deverão aprender.

E uma das melhores formas de mostrarmos isso a eles é mostrando a Jesus-Heroi. Aquele que a si mesmo se entregou na cruz, não foi empurrado nem obrigado. Ele deu sua vida voluntariamente na cruz. Este é o maior de todos os desafios que um adolescente pode ter:

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação de vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.1-2).


7. A Responsabilidade Dos Pais
Foi lendo a palavra que me saltou aos olhos a responsabilidade dos pais. E, é impressionante, que exatamente porque os infantos e os adolescentes, que não têm visão objetiva duradoura. Os objetivos para eles são imediatos para as crianças, e curtos para os adolescentes. Mas é diferentes para os pais. Estes vêm a longa distância. Estes podem e devem colocar alvos duradouros para seus filhos (bem como para si mesmos).

“Herança do Senhor são os filhos; o fruto do Ventre seu galardão. Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade. Feliz o homem que enche deles a sua aljava: não será envergonhado, quando pleitear com os inimigos à porta” (Sal 127:3-5).


Pais prestem bem atenção. Vocês são comparados pelas escrituras como guerreiros. Seus filhos como flechas. Para que serve um guerreiro? Para brincar? Para passear? Não! Um guerreiro serve para guerrear. É habilitado para isso. É capacitado para isso. É separado para isso. Você pai foi habilitado, capacitado e separado exatamente para manejar com a flecha. Você é um guerreiro.

A flecha por sua vez não é capaz de nada sozinha. A flecha não chegará a lugar nenhum se não ordenado. Ele é flecha e não guerreira.

Nós temos a obrigação de arquear e arremeter as nossas flechas. Elas não são de brinquedo. Agora que vai dar a direção é você. Quem vai prepará-la é você. Quem, vai armá-la é você. Você é o responsável. Você precisa depender de Deus para saber o momento de largar a flecha no seu caminho próprio. Não pode largar antes nem depois do tempo. Tem que largar no tempo certo. Enquanto a flecha está em suas mãos você poderá influenciá-la, poderá mandar nela, poderá protegê-la, cuidar dela. Todavia no momento em que ela partir fugirá do teu domínio. Só lhe restará interceder e suplicar por ela. Poderás dar conselhos, opiniões, mas nada mais que isso. Ela já se foi.

As flechas um dia sairão de nossas mãos, mas seguirão o caminho que lhe ensinamos. Seguirão aquilo que tiverem aprendido de nós.

“Ensina a criança a flecha o caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele” (Pv 22.6).

O que você guerreiro tem feito por suas flechas? Quanto você tem gasto por elas? O futuro de seus filhos está totalmente em suas mãos. Grande responsabilidade o Senhor nos delegou.

8. O que os filho esperam dos pais
Por fim, acredito, que para entendermos melhor a nossa responsabilidade, poderemos ver, ou imaginar, o que nossos filhos esperam de nós. São coisas simples e provavelmente já teremos mencionado. Mas coloco aqui para reforçar a nossa tarefa.

A. Uma família modelo
Não digo uma família ideal porque pode oscilar de acordo com o seu sonho: se riqueza, ou status, ou comercio, ou etc. Refiro-me a um modelo: Jesus, Maria e José. Estes não coincidem com nenhum ideal conhecido: não tinham bens nem projeção social. Viveram como ciganos, o filho teve a pior morte da época, a mãe foi cuidada por um jovem pescador. Mas é modelo porque cada um dos seus membros cumpriu absoluta e generosamente a vontade de Deus. Aí está o que é decisivo é cumprir em tudo a vontade de Deus. A família é de responsabilidade de cada um dos seus membros.

B. Amizade
Com frequência no ambiente familiar os pais são pais de manhã até a manhã seguinte todos os dias. Só sabem dar ordens, conselhos e repreensões. Mas é muito importante os intervalos de camaradagem, de brincadeiras de descontração só com os do lar. Isso fará com todos sejam iguais, Sejam irmãos. Irmãos mais velhos os pais, a quem Deus confiou irmãos mais novos os filhos.

É importante conquistar uma igualdade, a igualdade própria dos amigos, que podem ser muito diferentes em capacidade ou idade, mas são iguais em interesses e gostos. Por isso melhor é não usar a palavra vocês no trato com os filhos. Vocês não existe. Existe sim cada um de per si, com seu nome, temperamento, história, personalidade, responsabilidade, e etc. Dizendo vocês no plural é pôr-se de fora, em outra esfera e mundo: o dos velhos.

C. Lar estável
Estável e coerente para que possam crescer com dignidade e segurança. Isto é uma benção. Uma coluna na igreja de Cristo

D. Respeito
Respeito não significa cerimônia. Respeito é um espírito de justiça. Quando há erro os filhos esperam ser corrigidos. Quando há acertos os mesmos filhos esperam elogios.

E. Confiança
Quando se confia em um filho, este sente-se obrigado a corresponder a esta confiança. Agora, se não há confiança não tem o que ser correspondido, não há respeito. Havendo confiança tudo pode se corrigir com amabilidade. Em vez de dizer: "Voce é sempre assim!” anima muito mais, e é mais justo corrigir dizendo: “Isso não é próprio de você!”

F. Verdade
A tudo quanto perguntarem, a tudo quanto estiver ocorrendo no ambiente familiar. Eles querem tomar as cargas juntos.

G. Liberdade
Ai! Isto assusta. Mas a regra da liberdade é simples: só se pode proibir o mal; não se deve impedir nenhum bem. Ora, não confunda o mal com aquilo que o incomoda. Fujamos dessa confusão. O barulho do rapaz em torcer por seu time. A ridícula roupa que a menina veste (sem que haja indecência).
Liberdade, liberdade! para tudo o que é honesto, viva a liberdade! Pareça bonito ou feio, nobre ou ridículo.

H. Dinheiro
Sempre é pouco, querem mais e muito mais! Cada pai deve saber administrar com o dinheiro dentro de sua realidade. Mas não os façam de bobos, se a situação está apertada e difícil conversem com eles. Agora, mesmo que a sua situação seja mais folgada, cuide para que não estrague seu filho. Eles devem aprender a viver felizes e contentes em todas as ocasiões. Devemos em todos os casos ensinar-lhes a generosidade.

I. Exemplo
A teoria exposta em sermões para pouco serve. O exemplo marca para sempre. Contradições patentes revolta-os, escandaliza-os, tornando-os céticos e surdos aos conselhos paternos.

J. Compreensão
Não apenas paciência ou tolerância. Desejam ser entendidos. Algumas vezes vocês terão que adivinhar o que está dentro deles, tendo em conta os seus sonhos e temperamento. Vocês terão que animá-los, avisá-los, oreintá-los respeitá-los e não substituí-los. Assim se sentiram compreendidos.

H. Alegria
Quem suporta viver em um ambiente triste e chato. O jovem é alegre por natureza. Deus o fez assim. Você já foi um dia alegre também. Rejuvenesça! Abaixo a tristeza. Viva a alegria. A vida com o Senhor é um caminho de alegria, mesmo dentro do sofrimento. “A alegria do Senhor a nossa força é”.


K. Oração
A oração de pai e mãe é poderosa. Poderosa, porque o próprio Senhor foi quem nos delegou como responsáveis sobre nossos filhos. Ele deixou conosco os seus filhos. Logo tudo que pedirmos ao Pai, no nome de Jesus, para os seus filhos e nossas flechas, ele atenderá. É do interesse do Senhor.

Eu sou o ÚNICO responsável por EDUCAR e
SEMPRE ORAR por meus filhos.


9. Bibliografia recomendada

A Bíblia
Turbulentos Anos da Adolescência - Jaime Kemp, Sepal (com restrições).
Tomando Decisões

Fonte: www.fazendodiscipulos.com.br

As artes e sua importância no Reino de Deus

As artes e sua importância no Reino de Deus

Gerson Ortega

Conferem com isto as palavras dos profetas, como está escrito: Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei. Para que os demais homens busquem o Senhor, e também os gentios sobre os quais tem sido invocado o meu nome, diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos.”

Atos 15: 15–18

Este artigo fala sobre a restauração e uso das artes no Reino de Deus. A proposta é que vá se tornando claro que Deus está por trás desse processo… não é uma nova “moda” no Reino, mas o cumprimento de algo que Amós profetizou muitos anos atrás e Tiago, irmão de Pedro, relembra à Igreja dos primeiros tempos!

No contexto de Atos, esta profecia foi citada por Tiago, após ouvir os sinais e maravilhas que Deus estava fazendo por meio de Barnabé e Paulo no meio dos gentios! Os gentios na Palavra, são um exemplo claro de restauração de visão! Os apóstolos eram judeus e ainda tinham sérias dúvidas se o Evangelho também seria para os gentios!!! E Deus levantou a Paulo e Barnabé para trazerem sinais, fatos e clareza à essa visão ainda incerta…

Por que reedificar?

Porque um dia já foi edificada (a visão) por Davi, com o ministério levítico, mas com o tempo foi sendo destruída!

Por que o tabernáculo?

Porque desde quando Deus criou o homem, Sua intenção foi “tabernacular” com ele, ou seja, ter comunhão, desenvolver projetos juntos, aumentar e estreitar os laços de intimidade entre Ele e o homem!

“Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.”

Apoc. 21:3

Por que Davi?

Porque foi um homem que descobriu para que fomos feitos (para louvor da glória da graça de Deus – Ef.1:6).

Davi criou uma “estrutura humana” para manifestar e refletir a glória de Deus. Isso através do ministério levítico que tinha ministros na presença de Deus 24 horas por dia exaltando Seu nome e O glorificando. Essa “estrutura” já pré-figurava o que buscamos viver hoje, ou seja, 24hs. por dia voltados para exaltar e honrar o nome de Deus!!!!

Para que?

Tudo que Deus faz, todo dom e talento que é dado pelo Espirito Santo visa um fim determinado… A restauração das artes visa alcançar todos incluindo aqueles que ainda não tem o conhecimento de quem é o Filho de Deus e de Sua obra restauradora!

O uso das artes deve mostrar claramente, com muita criatividade e com muito conteúdo, qual é a razão da nossa esperança. Deve mostrar claramente que Deus é o Criador de tudo e o diabo é só um copiador de 2a. categoria. Deve mostrar que a Igreja é o órgão profético que, de muitas maneiras, inclusive através das artes, traz a resposta ao anseio humano, e mostra a dinamicidade, poder, a justiça, criatividade e a santidade do Deus que temos!

“Deus é espirito: e importa que Seus adoradores O adorem em espirito e em verdade”

A verdadeira adoração


"Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são adoradores assim que o Pai procura. Deus é espírito; e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade." João 4:23-24

Verdadeira adoração não tem a ver com canções, vocais, bandas ou corais. Todas essas coisas contribuem para uma grande expressão de adoração, mas a essência da adoração é quando seu coração e alma e todo o seu ser estão ligados e adoram o Espírito de Deus.

A maioria das pessoas está mais acostumada com adoração congregacional como uma igreja, mas é quando você adora um a um, como um amante de Cristo que você entra em uma intimidade onde estão só você e o Senhor, como nunca se viu antes.

Adoração é um ato de obediência do coração. É uma resposta que exige a plenitude de tudo o que você é, por amor ao Senhor pelo que Ele é, não apenas pelo que Ele faz.

Louvor, por sua vez, é uma explosão de ações de graças e fé. Não é apenas canções rápidas, mas um sacrifício de louvor que é freqüentemente ofertado até quando não se sente que deve louvar, até que você diz: " eu louvarei ao Senhor em todo o tempo, Seu louvor estará continuamente em meus lábios, eu irei a sua presença com ações de graças em meu coração e entrarei em seus átrios com louvor."

Adoração vai além do nosso sentimento, ou das circunstâncias que você está vivendo. Leva você a magnificente presença de Deus. "Dê ao Senhor a Glória do Seu nome: tragam uma oferta e venham diante dEle. Oh, adorai ao Senhor na beleza da sua santidade!" (2 Crônicas 16:29)

Adoração é alguma coisa que é vista pelos seus atos e não apenas pelas palavras que se fala ou canta. Não é um ritual. Você não vai a igreja e segue fórmulas. Adoração envolve o nosso coração, mente e vontade.
Adoração é se dar totalmente, em toda verdade e honestidade, envolvendo e refletindo o amor e generosidade de Cristo.

A palavra adorar é um verbo, uma palavra de ação. Isto significa estar cheio de adoração, se prostrar, reverenciar, e permanecer na profundidade da beleza do Senhor.

Adoração é mais do que cantar belas canções na igreja. É mais do que instrumentos e música. Como um verdadeiro adorador, seu coração poderá adorar ao Senhor em todo o tempo, em todos os lugares e com toda a sua vida.

As escrituras dizem que devemos trazer uma oferta, embora você sinta que não tem nada a oferecer. Tudo o que Deus quer é o seu coração. Ele não precisa do seu talento, sua habilidade musical ou todas as coisas que você pode fazer - Ele quer você!

Nós podemos aprender muito com o salmista Davi. Como um jovem pastor de ovelhas, ele não era tão surpreendente - ele era simplesmente muito fiel e verdadeiramente amava a Deus. Deus viu o coração daquele servo e o descreveu como "eu encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda minha vontade." (Atos 13:22).

Você não tem que ser um grande cantor ou músico para ser um grande adorador. Mesmo estando em um corpo, ou como um indivíduo, abra o seu coração e adore ao Senhor com todo o seu ser. Isto é o que ele está pedindo.



Deus abençoe,

Darlene Zschech

www.hillsong.com - music@hillsong.com (extraído do site www.adorar.net )

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

NÃO DESISTA

O Deus que você serve, Ele é especialista em causas perdidas, as vezes nos encontramos em situações difíceis que para nós se tornam impossíveis, é nesta hora que Jesus começar entrar em ação e age de uma maneira sobrenatural e traz sua vitória.

Quando se encontrar em situações difíceis saiba que Deus é capaz de te ajudar e fazer acontecer o milagre.

Deus procura causas impossíveis para agir,e se a sua causa tem sido difícil, é hoje que Jesus vai te trazer a vitória.
Faça como o cego de Jericó, clame por Ele e Ele vai agir por você e vai entregar a tua vitória tão desejada.

Não desista, não pare de sonhar e creia com todo o seu coração no Deus do impossível, no Deus poderoso, o Deus de milagres, o único que é digno de toda nossa adoração e louvor

EU TE AMO

Eu te amo, ó SENHOR, força minha. O SENHOR é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte."

Jesus

(Salmos 18:1,2)

Autoridades uzbeques admitem ter prendido pastor


UZBEQUISTÃO (11º) - Nessa semana, as autoridades religiosas do Uzbequistão admitiram publicamente pela primeira vez que prenderam um pastor uzbeque no mês passado, na cidade de Andijan. Ele está sendo processado por acusações criminosas.

“Dmitry Shestakov, que se afirma pastor e dirige uma organização religiosa ilegal que opera na região de Andijan, foi preso”, informou a agência de notícias do Comitê de Assuntos Religiosos no dia 12 de fevereiro.

A agência de notícias negou que Dmitry fosse um pastor evangélico ligado à Igreja do Evangelho Pleno, uma denominação registrada. Ela afirmou que Dmitry não era líder de nenhuma organização religiosa registrada no Uzbequistão. Em vez disso, essa agência do governo disse que o pastor era um “impostor”, dirigindo um grupo clandestino chamado de “pentecostais carismáticos” engajados em “atividades missionárias e evangelísticas sob a liderança de Dmitry”.

Mas, um documento da igreja apresentado pelo advogado de Dmitry no dia 12 de fevereiro prova que o pastor tinha autorização para conduzir cultos na Igreja do Evangelho Pleno desde 5 de outubro de 2004.

Dmitry, de 37 anos, foi preso em um ataque à sua congregação em Andijan durante um culto em 21 de janeiro. Ele não pôde se comunicar pelas duas semanas seguintes, nem com seu advogado, sua famílias ou com os membros de sua igreja (leia sobre sua prisão aqui).

Uma acusação formal foi feita pela promotoria de Andijan em 30 de janeiro. Nela, o pastor foi acusado de operar uma organização religiosa ilegal, de incitar ódio religioso e de distribuir material que promove extremismo religioso. Se for condenado por essas acusações, ele pode ser sentenciado a até 10 anos de prisão por cada crime.

A denúncia contra Dmitry e os outros chamados de “pentecostais carismáticos” foi apresentada por um investigador da promotoria de Andijan. Ela associa a igreja a grupos extremistas islâmicos como Hizb ut-Takhrir, Akramia e Tovba.

A incriminação identificou o grupo de Dmitry e esses grupos islâmicos como “organizações religiosas-políticas extremistas que, sob o pretexto de se dirigir às necessidades religiosas, aspiram tomar o poder”. Ela também acusou todos os grupos religiosos de causar divisões, o que faz deles uma “ameaça à segurança nacional”.

Foi apenas em 3 de fevereiro que Dmitry pôde ler as acusações feitas contra ele. As autoridades regionais se recusaram a confirmar uma data para o seu julgamento.

Em 6 de fevereiro, elas também tentaram impor ao pastor um advogado apontado pelo Estado. Mas, no mesmo dia, o próprio advogado de Dmitry chegou para tomar o caso na promotoria, assim que os guardas da prisão escoltavam o pastor para dentro do prédio.

“Foi uma resposta às nossas orações”, disse um membro da congregação. “Toda nossa igreja jejuava e orava para que o advogado dele chegasse”. Pessoas que puderam levar a Dmitry alimentos e outros itens de necessidade na semana passada relataram que ele parecia estar confiante, apesar de alguns problemas de saúde. Segundo a agência de notícias Forum 18, ele está preso em uma solitária.

Reação à conversão de uzbeques

Segundo um relato do jornal russo Pravda, feito em 14 de fevereiro, Dmitry está sendo acusado de “converter muçulmanos ao cristianismo”.

Ele já havia sido vítima de opressão por parte da promotoria de Andijan em junho de 2006, quando a polícia secreta invadiu sua casa e sua igreja, detendo-o temporariamente e confiscando fitas de áudio, vídeo e livros.

Essa medida pareceu ser uma reação à conversão de uzbeques ao cristianismo através do ministério de Dmitry. Sua congregação de 100 membros em Andijan realiza cultos no idioma russo e uzbeque. Nesses cultos, segundo sua esposa Marina, famílias inteiras se tornaram cristãs, pessoas foram curadas de epilepsia e diversos grupos domésticos foram formados.

Para evitar ser preso, Dmitry fugiu de Andijan no inverno passado, acompanhado de sua esposa e seus três filhos, depois de saber que haviam feito sérias acusações contra ele (saiba mais aqui). Depois de alguns meses ele voltou, e no fim de novembro ele retomou abertamente suas atividades na igreja.


“Achávamos que as coisas haviam se acalmado”, sua esposa disse. “Se eles queriam achar Dmitry, era fácil. Mas não aconteceu nada. Organizamos reuniões no Natal, e fizemos um grande culto com orações na véspera de Ano Novo. Então achamos que não havia problema, e que ele não era mais procurado.”

Mas, depois de duas horas preso, Dmitry soube que ele ainda estava na lista dos “procurados”. A polícia lhe leu uma ordem de prisão que havia sido emitida contra ele no fim de junho, declarando: “Agora achamos você, e agora estamos prendendo você”.

"‘Evangelismo ilegal"

A declaração do governo, emitida há três dias, descreveu o pastor como um “ex-viciado em drogas” envolvido em “evangelismo ilegal”.

“Ele era mesmo um viciado em drogas”, Marina reconheceu. “Ele ficou na prisão diversas vezes, e era um homem terrível e horroroso.”

Mas isso foi antes do “dia da salvação de Dmitry”, ela acentuou. Desde aquele dia, há mais de 15 anos, ela disse que a vida de seu marido tem sido transformada por sua fé em Cristo.

“Em toda a nossa vida cristã Deus tem nos guiado. Acreditamos que Deus tem um plano para nós.” Mas, Marina admitiu que ela teve muito medo nos primeiros três dias da prisão de seu marido, enquanto ela tentava acalmar seus filhos - e ela própria.

“Senti medo, não por mim nem pelas crianças, mas pelo meu marido. Talvez eles tivessem começado a torturá-lo, a agredi-lo, a usar a máscara de gás nele. Sabemos de muitas histórias em que as pessoas desaparecem para sempre. A polícia no Uzbequistão pode inventar muitas acusações contra você, ou criar indícios de que você esteja envolvido com drogas.”

Mas, segundo ela, na semana depois de sua prisão a igreja se mobilizou. “As pessoas me encorajavam todos os dias. Alguns me deram dinheiro ou comida. Eles me sustentaram.”

Embora ela tenha implorado ao chefe da promotoria para poder ver seu marido, ele lhe falou: “Dmitry era procurado, então o procuramos e o pegamos. Ele é um criminoso perigoso. Proibimos você de visitá-lo”.

As autoridades uzbeques têm reprimido todas as atividades religiosas em Andijan desde a rebelião em maio de 2005, na qual centenas de manifestantes foram mortos pelas tropas do governo.

Depois que o Departamento de Estado dos EUA colocou o Uzbequistão em sua “lista negra” de liberdade religiosa em novembro passado, designando-o como um País de Preocupação Específica, o Ministério uzbeque de Relações Exteriores declarou estar “perplexo” com tal classificação “sem fundamento”.

O ministro afirmou que “nos últimos anos, não foi observado nenhum único fato de concorrência inter-religiosa, ou de situações de conflito entre religiões ou entre religiões e o governo”.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

QUEM LIDERA SUA VIDA?

Quarta-feira 14 de Fevereiro

E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor (Mateus 9:36).

QUEM LIDERA SUA VIDA?

Um rebanho de ovelhas sem um pastor está em uma situação precária. Como encontrará o caminho para o pasto? Na Palestina dos dias de Jesus, o rebanho de ovelhas estava também exposto aos ataques de animais selvagens.

É exatamente assim que Jesus vê as pessoas hoje. Elas vagueiam a esmo, sem nenhuma proteção nem senso de direção. O que Ele realmente quer dizer é: o verdadeiro problema delas é que falham em encontrar o caminho até Deus. Há milhares de líderes esperando para guiá-las, mas não para o pasto. Por isso não recebem o alimento que necessitam para sua alma e, consequentemente, não podem enfrentar a vida com alegria. Isso também causa todas as terríveis feridas que surgem das más influências a que estão expostas.

O que deve ser feito? Venha a Jesus Cristo, o Senhor. Como? Conte a Ele toda a sua necessidade interior e os seus problemas por meio de uma oração sincera. Fale sem reservas com o Senhor Jesus, sem se justificar ou esconder nada. O que Ele irá fazer? Ele ouve cada oração. E nos mostra que Ele, o Bom Pastor, derramou Sua vida na cruz pelas ovelhas. Jesus morreu por todos os que se aproximam dEle e se juntam ao Seu rebanho. Se você realmente crê nisso, Ele tomará a liderança de sua vida. Irá em nossa frente como um pastor, e poderemos segui-Lo. Com Ele, acharemos os “pastos verdejantes” e as “águas de descanso” que nos alimentam e refrescam e seremos guardados de todos os perigos.
Quem vem ao Bom Pastor está seguro nesta vida e em toda a eternidade.

Extraído do Devocional Boa Semente 2007.

Enviado por Carlos Garcia

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

GEORGE MÜLLER - AGINDO POR FÉ EVIDENTE

Extraido da Página: http://www.conai.org.br/

George Müller, nascido na Alemanha em 1805, tornou-se um cristão aos 20 anos de idade, após anos de turbulenta e rebelde adolescência. Ele tinha interesse em alcançar judeus e viajou a Londres para juntar-se à Sociedade Judaica de Missões. Lá ouviu sobre um rico dentista chamado Anthony Norris Groves que havia abandonado seu ofício para ir à Pérsia como missionário, dependendo de Deus para atender as suas necessidades.

Durante um breve descanso em 1829, no ocidente da Inglaterra, Müller encontrou e iniciou uma amizade para a vida toda com Henry Craik, que tinha sido tutor de Groves. Müller e Craik foram usados por Deus para fundar instituições, igrejas e associações que causaram impacto a centenas de milhares de pessoas ao redor do mundo.

No ocidente da Inglaterra, Müller também encontrou-se casou-se com Mary Groves, uma irmã de A. N. Groves. Nessa ocasião, George havia abraçado totalmente os princípios da igreja seguidos pelos primeiros Irmãos. Ele foi além da maioria deles em sua política quanto ao dinheiro. Por exemplo: ele não aceitava ofertas quando saia para pregar, temendo dar a impressão que pregava por dinheiro. Quando ele rejeitava as ofertas, as pessoas algumas vezes queriam pô-las a força dentro do seu bolso, então ele fugia. Um homem "lutou" com Müller até que ele aceitasse o dinheiro que o mesmo queria lhe dar!

Durante seus primeiros anos, Müller começou a desenvolver convicções sobre oração e fé, que proporcionaram a base para poderosas demonstrações da provisão de Deus. Além de pedir a Deus por comida e fundos pessoais, ele freqüentemente orava com crentes enfermos até ficarem curados. Um biógrafo observa que “quase sempre suas orações eram respondidas, mas em algumas ocasiões não eram”. Nesses casos, Müller continuava orando sobre estes assuntos ou pessoas, por anos.

GRANDES SONHOS, GRANDES RESULTADOS

Além de trabalhar com Henry Graik na capela Bethesda, uma moderna igreja situada no coração de Bristol, Müller começou a sentir preocupação pelas massas de crianças órfãs, abandonadas, que estavam em toda parte, na Inglaterra do século 19. Em 1834, com Craik, ele fundou a "Scriptural Knowledge Institution for Home and Abroad" - SKI (“Instituição do Conhecimento Bíblico para a Pátria e Estrangeiro”), que continua até hoje. Seus objetivos eram: 1) estabelecer Escolas diárias, Escolas dominicais e Escolas para adultos onde as Escrituras fossem ensinadas; 2) distribuir Bíblias; 3) ajudar o serviço missionário.

Durante a vida de Muller, o SKI proporcionou educação para muitos milhares de crianças e adultos, que de outro modo não poderiam ter ido à escola. Distribuiu milhares de Novos Testamentos, Bíblias e folhetos evangelísticos a preços reduzidos, em muitas línguas. Enviou o equivalente moderno de muitos milhões de dólares para missionários nacionais e estrangeiros. Durante um período de dois anos, Müller quase sustentou sozinho Hudson Taylor e 30 de seus colegas missionários na China.

CUIDADO COM CRIANÇAS

As maiores obras pelas quais Müller é lembrado – e deve ser guardado na memória que ele foi também um líder de igreja por excelência – são os orfanatos. Nestes, e em todo o seu trabalho, Mary Groves Müller manteve-se firme ao seu lado.

Milhares de pais morreram na epidemia de cólera de 1834. Os poucos medicamentos e conhecimentos médicos precários, condições sociais ruins e leis trabalhistas infames multiplicavam os órfãos. Essas crianças infelizes tentavam sobreviver nas ruas, ou eram obrigadas a submeter-se às péssimas condições das oficinas de trabalho. Charles Dickens disse que os órfãos eram "desprezados por todos e ninguém se compadecia deles". As casas para órfãos do Estado eram poucas e quase não existiam as particulares. Todas elas serviam apenas às crianças das famílias de classes mais altas. Pobreza, crime e prostituição aguardavam o resto.

Muitos fatores convergentes levaram Müller a começar um orfanato: 1) ele estava genuinamente preocupado com os órfãos de Bristol; 2) ele estava cansado de ouvir homens de negócios e operários dizerem que a necessidade financeira e a competição os proibiam de colocar Deus e Seus assuntos em primeiro lugar em suas vidas; 3) ele queria provar que Deus responde às orações e colocar "diante do mundo uma prova de que Deus de modo nenhum mudou. Isto me parecia feito melhor pelo estabelecimento de um orfanato. Devia ser algo que pudesse ser visto ainda que pelos olhos naturais".

Em 1835, Müller colocou o seu plano diante da igreja de Bethesda. Imediatamente a congregação se uniu para sustentar o empreendimento. Móveis, utensílios, roupas e fundos chegaram. Dali em diante, Bethesda e seu círculo crescente de igrejas permaneceram inteiramente com Müller no cuidado dos órfãos. No começo, eles costumavam alugar casas para as crianças. Muitos crentes de Bethesda trabalhavam por tempo parcial ou integral nos orfanatos. Conheciam os detalhes particulares e as necessidades diárias ligadas a um tão grande projeto.

Eles também compreendiam a convicção de Müller em não solicitar fundos – ele queria provar que Deus responderia às orações dos crentes. Müller escreveu: "eu não digo que estaria agindo contra os preceitos do Senhor se procurasse ajuda em Sua obra através de pedido pessoal e individual [apelos] aos crentes, mas eu faço assim para o benefício da igreja em geral". Ele era totalmente contrário, todavia, à possibilidade de que algum cristão fizesse apelos financeiros aos descrentes.

DESENVOLVIMENTO DO ORFANATO

Em 1836, Müller abriu a primeira casa, quando ainda não tinha 30 anos de idade. A comida para os órfãos chegava muitas vezes minutos antes da hora de ser servida, embora as crianças nunca soubessem disso. Mais e mais crianças suplicavam a Müller para recebê-las e ele alugava mais casas. Mas essas logo abarrotavam, por isso, em oração e conversa com os cristãos de Bristol, ele decidiu construir um grande e moderno edifício para os órfãos. Este projeto começou em 1845, exatamente quando a tempestade da divisão entre os Irmãos estava se formando em Plymouth. Em 1848, mesmo enquanto Darby estava atacando Müller, o primeiro dos imensos orfanatos estava quase completo. E enquanto a carta de Darby excomungando toda assembléia de Bethesda estava circulando pela Inglaterra e ao redor do mundo, o telhado foi estendido. Enquanto a divisão progredia e os antigos amigos se voltavam contra ele, Müller continuava esperando em Deus por fundos e provisões.

Em 1870, depois de profundas e repetidas provas de fé, a última das cinco magníficas casas de pedra, para 2.000 órfãos, foi levantada exatamente fora de Bristol, em Ashley Down. Müller maravilhou-se com o que Deus tinha feito naqueles 34 anos, em resposta à fé e à oração. Além de providenciar comida e roupas para muitos milhares de órfãos, ele tinha a responsabilidade de levantar o "ordenado" mensal [salário] para mais de 100 empregados.

As garotas órfãs eram treinadas como empregadas e costureiras, enquanto os rapazes aprendiam vários ofícios. A cada órfão era assegurado um emprego antes de deixar as casas, ou Müller pagava o salário de aprendiz deles ao patrão que os ensinaria uma profissão. Cada órfão saía com um jogo completo de roupas.

Um homem que vivia próximo dos orfanatos disse que "sempre que ele sentia dúvidas sobre o Deus Vivo, vindo a sua mente, ele se levantava e olhava através da noite para as muitas janelas acesas em Ashley Down, brilhando na escuridão como estrelas no céu". Havia um imposto sobre janelas grandes quando Müller construiu os orfanatos, mas ele disse: "nós confiaremos em Deus para o dinheiro do imposto – deixem as crianças ter luz e ar!"

Pessoas por todo o oeste da Inglaterra e ao redor do mundo ficavam sabendo sobre os orfanatos. Também reconheciam o poder e a provisão de Deus que, se tornavam acessíveis em resposta às orações fiéis de Müller e seus amigos.

Tarde na vida, Müller, que falava sete línguas, viajou para 42 países em "viagens missionárias" e pregou o Evangelho para multidões de milhares. Seu alvo nessas viagens era, de acordo com o propósito de A. N. Groves, e dos Irmãos do início, quebrar as barreiras denominacionais e promover o amor fraternal entre os verdadeiros cristãos. Em três ocasiões visitou os Estados Unidos e Canadá, pregando centenas de vezes e, em quase todas, pessoas vieram a Cristo.

Em 1878, Müller foi convidado para ir à Casa Branca, a fim de falar sobre os orfanatos ao presidente Rutherford B. Hayes. Provavelmente não contou ao presidente Hayes que foi enquanto J. N. Darby estava tentando virar pessoas contra ele que Deus proveu os fundos para as grandes casas de órfãos.

MÜLLER E O DINHEIRO

Müller criou um regulamento fixo em que nem ele nem seus auxiliares jamais deveriam pedir a qualquer indivíduo qualquer coisa em particular, para "que a mão do Senhor pudesse ser claramente vista". Mas ele pedia ao Senhor que movesse pessoas para ofertar. Uma vez, quando um homem fez um grande donativo, Muller, muito satisfeito, visitou-o para agradecer; então mostrou ao homem a anotação em seu diário quando, meses antes, começou a rogar a Deus que aquele homem pudesse dar aquela quantia específica!

O historiador Roy Coad observa, todavia, que "a lenda popular" tem escondido um tanto da natureza prática de Müller. "A lenda enfatiza um lado da moeda: a intensidade da confiança de Müller. Muitas vezes o outro lado tem sido esquecido – que os fundos para suprir a necessidade vieram de homens e mulheres que eram co-participantes com Müller de sua fé em Deus”.

Müller havia atraído a igreja de Bethesda para dentro dos seus planos do orfanato desde o início. Ele usava vários sistemas de relatórios para mantê-la informada, e os outros também, do que acontecia:

1) Todo mês de dezembro, por três noites, Müller presidia reuniões públicas para informar as igrejas de Bristol e o público a respeito do ano que se havia passado.

2) Todos os anos, ele escrevia e publicava um "Relatório Anual" com detalhes financeiros e notas sobre eventos importantes do ano se havia passado e alguma idéia do que esperava dos anos vindouros. Estes eram dados ou vendidos a pessoas interessadas e circulavam ao redor do mundo.

3) Em 1837, Müller soltou a primeira edição de A Narrative of Some of the Lord’s Dealings with George Müller (Uma Narrativa de alguns dos procedimentos do Senhor para com George Müller), um livro consideravelmente grande, de seleções de seu diário que graficamente descrevia como o Senhor repetidamente providenciava ajuda para os órfãos através de diferentes pessoas. Esta narrativa era regularmente atualizada e aparecia em intervalos de cinco anos, até tornar-se uma coleção de quatro volumes. Muitas pessoas enviavam donativos anexos a suas cartas nas quais diziam a Müller que sabiam de sua necessidade pela leitura dos “Relatórios Anuais da Narrativa”.

4) Depois que Müller contou aos amigos seu plano de construir as grandes casas para órfãos, em Ashey Down, eles espalharam a notícia através da Inglaterra. Müller notou isso. Mas não parecia preocupado com o fato de que muitos milhares de pessoas soubessem do que ele estava pedindo a Deus para fazer. Ele acreditava que qualquer que fosse o meio, é Deus quem motiva as pessoas para ofertar. (De 1882 em diante, o rendimento de Müller diminuiu e ele teve que reduzir muito a SKI e os programas do orfanato. Durante o mesmo período, todavia, o governo Inglês começou a providenciar um melhor cuidado para os órfãos).

Uma vez, Charles Dickens apareceu em Ashley Down para "investigar" o que Müller estava fazendo a estes órfãos. Müller deu as chaves para Dickens e mandou um assistente mostrar-lhe qualquer coisa que quisesse ver. Depois da investigação, Dickens disse a Müller que acreditava que os órfãos estavam sendo muito bem cuidados.

SUA IDA AO LAR

George Müller morreu na manhã de 10 de março de 1898, aos 92 anos. Ele participou ativamente, enquanto viveu, em Bethesda e nos orfanatos até o dia anterior da sua morte. Milhares de pessoas lotavam as ruas para ver o cortejo funeral do imigrante alemão que, segundo o jornal The Bristol Mercury, foi "a maior personalidade que Bristol conheceu como cidadão nesta geração". Sete mil pessoas lotaram o cemitério para ver o sepultamento.

O Bristol Evening News escreveu que "na era do agnosticismo e materialismo, ele pôs em prática teorias sobre as quais muitos homens estavam contentes em sustentar uma controvérsia inútil".

O Liverpool Mercury maravilhou-se por causa da provisão para milhares de crianças e perguntou como isto aconteceu. "Müller disse ao mundo que foi o resultado de Oração. O racionalismo de hoje zombará desta declaração. Mas os fatos permanecem, e permanecem para serem explicados. Não seria científico desdenhar das ocorrências históricas quando elas são difíceis de esclarecer. E seria necessário muito truque para fazer os orfanatos em Ashley Down sumir da vista".

De sua parte, Müller já havia escrito: "eu sei que belo, gracioso e generoso ser Deus é pela revelação que Ele se agradou em fazer de Si mesmo na Sua santa Palavra. Eu acredito nesta revelação. Também sei por minha própria experiência da veracidade disso. Portanto, eu estava satisfeito com Deus. Me regozijava em Deus. E o resultado é que Ele realizou o desejo do meu coração".

George Müller acreditava que Deus faz o mesmo por qualquer um que O busque.

(Fonte: Family Matters)

Postado por Carlos Garcia